15 de nov. de 2007

Guerra

imagem do artista plastico Banksi
Relâmpagos anunciam um novo caos
De dentro da noite surgem montanhas,
de escombros e pessoas azuis acinzentadas
Pois o céu cai tocado pelas mãos calejadas
de pais que voltam do trabalho para o nada.
As vezes o céu alivia os calos dos seus pés
e o sorriso brilha entre duas explosões:
Em casa tem vida ainda!
e a poesia suja-se surgida de escombros
Só resta um ursinho na mão da criança
essa beira da morte que realmente vivemos
onde desabam céus de chumbo e balas de prata
explodem esperanças e crianças douradas
ao comando de seres de outras raças
tão desumanos comos os homens bomba
esses seres voltam a noite e beijam suas filhas...
os nazismos persistem como praga antiga.
Oh Deus, essa feridas e ísmos nunca cessam
sobrevivem neste caos calculado em dólares
celebrada na TV festa da mídia,
as feridas deles abrem em nossos corações
nessa (im)compreensão da guerra,
não a quero! Nem ao menos o silêncio
dos que já morreram,
justificaria um só dos milhões de tiros
na favela ou em Bagda,
que acabem as armas !
assim como os antigos impérios
que o poder esvazie-se e não sobre mais nada
nem cidades, nem torres gêmeas, nem crack
Nem essa imensa e triste vergonha.
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