13 de nov. de 2007

Ex(celso)s excessos - Celso Miranda de Carvalho


Cem Excessos

Não sei se sou completo ou completamente vazio. A solidão é o que meus excessos me proporcionam. Faço perguntas que constrangem as respostas.
Tenho uma vontade de ti que consome todo o meu tempo, minhas ansiedades e meus devaneios. Penso que até minha respiração é tomada por este sorriso contagiante. Sorriso que ganhou o mundo. Que ganhou o meu mundo, o meu tudo. As saudades transcendem qualquer forma real de vida. Elas viraram marcas tatuadas em corações que batem do mesmo lado. Que se alegram com um único batimento. Até a timidez, outrora escondida, sai de cena quando a realidade não nos alcança. Palavras perdem a força quando os olhos se esbarram na mesma melodia. As serpentes se confudem, e acabam se reconhecendo. É que a minha outra forma de ser passou a renascer em ti. Os excessos são erros que pouco calculo. E sei que só passei a errar contigo pra me afastar da temida perfeição. Beijos não são a melhor forma de te ganhar. Isto é pouco, é nada. Não quero vencer deste modo. Quero te vencer no amor. Espero te levar pra casa que transforma teu pesadelo em lar. Só penso na pele e no cheiro. As demais coisas são irrelevantes. Os sentidos e as sensações se misturam ao sabor do desejo em te afagar por entre meus dedos. Um colo que sempre te espera. Um solo que está fértil e pronto pra te receber. Percebi que o amor não pode enfraquecer com o tempo, pois o tempo não existe pra a nossa essência. É amor que perdura nos sonhos e que, mesmo deslizando na realidade, tem vontade própria e capacidade de transformar o carnal em loucuras cada vez mais surreais.
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