
Crescer me foi doloroso
toda dor do universo doeu em mim
queria ver do espaço o planeta terra
uma bola azul...
e eu na praia
absorto no passe ao gol
chutando o mundo, a bola azul...
mas o dia me chama,
e a razão trama impassível a nova realidade
na noite insone das revelações
havia medo e aceitação...
romperam -se os diques dos segredos
e as horas pesadas recaem represadas
E por entre minha vontade de ser e não estar
erguesse imensa a sua história.
e meu instinto acorda acima da razão
e nosso abraço se torna imenso
maior que a imensidão da pradarias
e desvencilhamo-nos das roupas velhas
lançando-nos a novos voos e novas paisagens
esperando o dia romper
caindo imunes e nus
na nova manha
redescobrindo nosso amor
e o que há de ser.
e o que há de ser.
6 comentários:
uma bola azul de fantasias...
ai que saudades do azul dos meus dias!
belo poema, transportou-me a algumas reflexões... tão íntimas!
“doí o mundo em mim
queria voltar o mundo”
Essa experiência que você traduziu parece ser a de muitos. Mas, bom saber que maior do que a dor é a queda ..."na nova manhã”
Valeu amigo.
Abração.
Dauri Batisti
www.essapalavra.blogspot.com
Dauri Batisti
Querido poeta, seus toques como sempre são relevantes como podes ver..., muito obrigado por 'seus toques' e mais ainda pela honra de sua visita nesta humilde casa.
E não penses que eu esqueci o convite de aportar por ai...
Patricia muito obrigado pela sensibilidade e pelo lindo comentário que teceu sobre meu poema. E seja sempre bem vinda!
Fui de visitar e achei seu blog muito legal
Lembranças...
Belas e nem tão belas. Assim mesmo, "medo e aceitação" do que se romperia no novo do meu viver.
E sinto que assim continua o crescimento, um tantinho doloroso, mistura de medo, vertigem, prazer...
Jacinta Dantas
Querida amiga Jacinta, seus comentários incorporaram no poema, fazendo parte dele, é muito bom te-la em minha casa, sinta-se a vontade, ja és de casa...
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