28 de out. de 2007

Um copo d'agua com açucar

Por que falhamos em construir nosso ninho
mas talvez se a trama fosse mais bem feita
cobriria as estrelas
e essa pequenas frestas de luz
teimosas perspassando clareiras
de almas crescendo libertas
o primeiro amor de verdade
o amor pela verdade
nem mil panos umidos de lagrimas
apagaram tais lembranças
rompemos os segredos ?
sacrilégio maior é esta imtimidade
conquistada que nos agasalha
nas coisas realmente importantes
que constroem doces prisões
eu assumo a responsabilidade
do crime maior
pois todo meu desejo
mata aos pouco o amor
e a partida é sempre adiada
como um parto que não termina
dor estendida, dor de renascer
ao redor do amor pairamos
curiosidades do devir
então que os armarios
permanecem abertos e arejados,
sempre caminharemos de mãos dadas,
pois as lembranças se fazem sagradas
existe uma vontade mutua e consciente
de acabar assim...
deixando este amor dissolver
como açucar num copo de agua

2 comentários:

Jacinta Dantas disse...

Gostei do seu jeito de apresentar o seu blog. Em cores vermelhas, transmite força e vibração que apontam para a paixão...
Paixão pela vida, pela paciência, pela diferença e pela vontade de se colocar para o outro em versos e palavras. Creio ser um tempo subime esse que se ocupa para se dedicar a escrever poemas.
Jacinta Dantas

Wellington Felix disse...

Muito obrigado querida amiga, pois é de olhares como o seu que ressuscito-me poema dentre ventos e palavras essa cor escarlate que me te a-cord(a)e