17 de out. de 2007

Pantera Negra Blues


No instante que ela entrou
as luzes apagaram
seus olhos negros
reluziam com a fome dos felinos
desarme e espanto,
esperavam o pior
Ela vestida com o movimento
eram espadas e maciez
num só corpo
cabelos e pelos negros
no faiscar de mil sóis
amorais como a noite
nos seus olhos anzóis,
seus passos,
no compasso de corações
capturados, assustados
Encantando és encantada
a serpente e seu ventre
quedava-me paralisado
hipnotiza a sobress-
ssaltos
de agulhas,
bailando
adentrando
carnes e mentes
sem o menor pudor!

quando para . . .
finalmente se respira
e o mundo pode girar!
mas ela conti(nua)

Com as garras da graça . . .
cruel, seu mover-se ja é dança!.
vai nos matando aos poucos
para sentirmos a vida!
Ela desliza em si mesma
o olhar mira, nova presa

sem dó nem medo,
ela roda . . .
e a vertigem é nossa
puxados e revirados a cada gesto
ela nos dá a sua fome
de arte e vida,
Descarada ! -
por entre ventre e pernas
nos da a luz !
como lebre e pantera
agora era, eu dela,
suas presas em mim,
tambores comemoram
a entrega total ...
minha rendição,

ja é paixão !

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