13 de out. de 2007

Des-Construção (Pise com cuidado)

Retirem os tijolos devagar com carinho,
assim foram colocados
a agua da argamassa foi nosso suor
desplantemos o jardim e as flores
com desconfianças
dos frutos queimem-se as sementes, perigam germinar, é o amor
é preciso arrancar as artérias
são raizes construidas no tempo
hoje só caminhos no coração
retirem aqueles abraços
com mansidão
pois assim me foram dados. . .
depois rasgue-se as fotos,
despedasse com cautela,
nos maus momentos
coloque só certezas
esqueça das noites
das descobertas
aquela clareira noturna de almas transcendendo
exacerbada-mente construa o pior na mente
passe para a palavra, e grite ! e repita
minta repetida-mente, alucinada-mente!
deixe pra la o que voce realmente sente. . .
não escute esse coração demente
aposte no pior, é assim que se perde
depois com suas lentes potentes
apague vestígios da paixão mas não,
não desabe assim
lenta e precisa como implosão.
olha pra trás
ainda esta la pairando
no espaço tempo,
uma relação.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vim agradecer sua visita e comentário no meu blog, e me deparo com um poeta de maior grandeza!
Parabéns!
Esteja sempre por perto ;))