não mais falaremos,
nem tampouco ouviremos,
as palavras ternas
jazem em meu coração
gemidos de prazer mutúo
jazem em minhas lembranças
e eu as releio como num velho livro.
não se trata mais de palavras,
nem tampouco de suspiros,
nem simplesmente de calar
ergueremos ainda varios muros
com nosso géstos profanos
até que a separação se complete
de corpos, mentes e almas
não trata-se de perder a calma
não se trata de sensibilidade
nem tampouco de frieza
nossas percepções falham
e nós nos perdemos no caminho
mas os acontecimentos transcorem normais
como o sangue dos inocentes nas ruas
sentimentos sóbrios e arrasadores como o tempo
e entre eles e o silencio
aloja-se
pequena
brasa
Wellington Felix
29 de set. de 2007
um pouco ou muito do grande Poeta Paulo Leminsk
fonte:"Paulo Leminski, poesia, Polonaises, bibliografia, Elson Froes, ensaios, inéditos, eventos, link> http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/kamiquase/nindex.htm
enchantagemde tanto não fazer nada
acabo de ser culpado de tudo
esperanças, cheguei
tarde demais como uma lágrima
de tanto fazer tudo
parecer perfeito
você pode ficar louco
ou para todos os efeitos
suspeito
de ser verbo sem sujeito
pense um pouco
beba bastante
depois me conte direito
que aconteça o contrário
custe o que custar
deseja
quem quer que seja
tem calendário de tristezas
celebrar
tanto evitar o inevitável
in vino veritas
me parece
verdade
o pau na vida
o vinagre
vinho suave
pense e te pareça
senão eu te invento por toda a eternidade
alta
a
torre
até
seu
tombo
virou
lenda
26 de set. de 2007
Amigos na Primavera
Dancemos pois ao sol nascente,
Com todos esses amigos calorosos,
Com todos esses amigos calorosos,
e sorrisos abertos,
com a alma extasiada,
é assim que me encontro,
entre as mensagens mais floridas
de encantos e cantos ,
o que mais eu iria querer,
se não:
abraçar fortemente esses amigos
e dançar e cantar com eles
banhados pela luz e celebrando a vida!
vou uivar alto com palavras incandescentes
deste ariano embalado pela loucura aquariana
me diz ,
existe amigo loucura mais sã e nobre
do que essa que é amar
então cantemos como velhas tribos
de almas incendiarias,
revolvendo os chakras,
com essa luz neon multicolorida
das amizades florescidas
nesta primavera!
Soluço ou Solução
Ser soluço ou solução,
sendo ceia ou emoção,
ser só ou ser seu
melhor apenas ser eu...
sei não
me procura!
não, não procura mais...
to logo ali no céu
ou aqui no chão
ali na sessão
de achados e perdidos
nem vem,
vem nenem...
mas vem inteira
não quero sua metade
é to deitado na sua teia,
sou o que quizer
soluço ou solução,
sou preso e liberto
por um só fio deste cabelo,
ou seu sorriso
eu sou assim . . .
desafio ou solidão,
nem sei mais...
so sei que
te achei !
24 de set. de 2007
Procura da Poesia
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros.
Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema.
Aceita-ocomo ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas
sob a face neutra e te pergunta,
sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara: ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite,
as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
Carlos Drummond de Andrade
O pensamento de brecht ( Bertold Brecht)
"Não escolhi ser um homem comum.
É meu direito ser diferente, ser singular, incomum, desenvolver os talentos que Deus me deu. Não desejo ser um cidadão pacato e modesto,dependendo sempre de alguém. Quero correr o risco calculado, sonhar e construir, falhar e suceder. Recuso trocar incentivo por doação. Prefiro as intemperanças à vida garantida. Não troco minha dignidade por ajuda de outros. Não me acovardo e nem me curvo ante ameaças. Minha herança é ficar ereto, altivo e sem medo, pensar e agir por conta própria e, aproveitando os benefícios de minha criatividade, encarar arrojadamente o mundo e dizer:
É meu direito ser diferente, ser singular, incomum, desenvolver os talentos que Deus me deu. Não desejo ser um cidadão pacato e modesto,dependendo sempre de alguém. Quero correr o risco calculado, sonhar e construir, falhar e suceder. Recuso trocar incentivo por doação. Prefiro as intemperanças à vida garantida. Não troco minha dignidade por ajuda de outros. Não me acovardo e nem me curvo ante ameaças. Minha herança é ficar ereto, altivo e sem medo, pensar e agir por conta própria e, aproveitando os benefícios de minha criatividade, encarar arrojadamente o mundo e dizer:
Isto é o que eu sou".
23 de set. de 2007
Paz
Para alcançar a paz temos que compreender as diferenças, precisamos respeitar outros pontos de vista, porque a paz é interior, é conquista e merecimento. Como podemos então acusar o outro por não termos a paz, descobrindo o que atormenta no outro descobrimos justamente o elo fraco da nossa própria corrente aquilo que reflete nossos próprios defeitos, somos controladores, inflexiveis, acusadores ou réus, esse proprio desequilibrio que impede a sua paz, ou a falta completa dele e por isso o embate, atraimos aquilo que precisamos mais aprender sera isso que impede o nosso crescimento e mudança interna, então atenção as pessoas mais proximas, aquelas do nosso convivio diário e nossos vizinhos pois elas são nosso espelho de crescimento, nossa ponte para a paz . Esse efeito espelho que nos mostra a nossa verdadeira face, e é divino e é humano, pois aquilo que te oprime no outro é sua própria libertação -------Wellington Felix
21 de set. de 2007
Enquanto a morte não vem _ Wellington Felix
Enquanto podemos
Entoar novas canções
E olhar velhas florestas
e ao entardecer avistar
esses animais
Enquanto ao por do sol
Ao ouvirmos os passáros,
e nosso paladar ainda
sentir o prazer da agua pura
Não parem as maquinas !
Não se esqueçam as metas !
Que a produção aumente !
Enquanto a queimada destroi
Enquanto o calor é suportavel
Enquanto os polos não derretem
Enquanto a enchente não te afoga,
Enquanto o asfalto não ferve
Enquanto a fumaça é aceitavel
Enquanto a consciencia não acorda
Enquanto a demência nos domina
Não, não parem as maquinas !
Não se esqueçam as metas !
Que o PIB arrebente !
Enquanto o planeta morre
Não apaguem a luz. . .
Não desliguem os chuveiros
Não tirem os carregadores da tomada
Não façam o minuto de silencio
Pois estamos
Entoar novas canções
E olhar velhas florestas
e ao entardecer avistar
esses animais
Enquanto ao por do sol
Ao ouvirmos os passáros,
e nosso paladar ainda
sentir o prazer da agua pura
Não parem as maquinas !
Não se esqueçam as metas !
Que a produção aumente !
Enquanto a queimada destroi
Enquanto o calor é suportavel
Enquanto os polos não derretem
Enquanto a enchente não te afoga,
Enquanto o asfalto não ferve
Enquanto a fumaça é aceitavel
Enquanto a consciencia não acorda
Enquanto a demência nos domina
Não, não parem as maquinas !
Não se esqueçam as metas !
Que o PIB arrebente !
Enquanto o planeta morre
Não apaguem a luz. . .
Não desliguem os chuveiros
Não tirem os carregadores da tomada
Não façam o minuto de silencio
Pois estamos
vivos
Ainda.
Ainda.
1 - Manter a autoria : Wellington Felix
2 - Manter o poema inteiro idêntico (título e versos)
3 - Colocar o endereço ou link deste site como fonte
"O ultimo que sair apague a Luz” -Lenine
Palavra
Eu quero uma unica palavra,
que como agua morna a envolvesse
Que fosse um refluir de emoções ternas
como o primeiro banho...
como a lagrima de alegria ao ve-la
orvalho da minha emoção...
E como a cachoeira depois da chuva
espantasse e molhasse sua belezase derramando forte e barulhenta,
Consistente como um silêncio profundo
Uma palavra simples e limpída,
ao mesmo tempo forte,
Assim como um maremoto,
um diluvio de letras e canções,
que imundasse o mundo de amor
e matasse por um momento,
essa nossa sede de amar
,Wellington Felix
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