7 de out. de 2007

Ventre

De repente o centro do mundo se tranferiu
para um umbigo, e ele dançava!
juntaram-se ao umbigo, braços, pernas, nervos e magia,
ouvia-se palmas
chegava a poesia
ao som de tambores arabes: talento e paixão
a bailarina envolvia e transgredia o tempo,
levando-nos ao ventre, renascidos
meninos fomos lançados aquela outra dimensão
e as bailarinas passaram por dentro de mim etereas
e por eles e elas, platéia atonita
randomicas chocaram a rotação da terra
depois do milagre do momento
as bailarinas se foram,
com a mesma graça que chegaram
femininas, meninas e mulheres,
deixando o aroma, em tudo
no ar, no ontem e no amanha,
cheiro e cor
da pura saudade .


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